A realidade

Em princípio, só escapamos à neurose quando aceitamos a situação humana tal como ela é. Precisamos, como muito bem foi dito, da “coragem da imperfeição”; devemos reconhecer a nossa fraqueza, aceitar que somos apenas criaturas, finitas, fracas, limitadas, impotentes, entregues a forças imprevisíveis.

Como comenta Santo Agostinho, só em Deus: “Descansaremos e contemplaremos e amaremos e louvaremos (De civitate Dei, 22, 30: PL 41, 804).

E o silêncio?

O silêncio não é falta de amor ou desprezo pelas palavras, mas sim a rejeição de palavras vazias, impessoais, superficiais e mecânicas. Quando as palavras são supérfluas, protestamos publicamente com um minuto de silêncio. Só quem viveu na escuridão aprecia a luz; só quem experimentou o silêncio valoriza as palavras.

Quando as palavras abafam o silêncio, a harmonia é substituída pelo desequilíbrio. O silêncio gera medo, produz arrepios, não permite dormir. Quase todos nós tememos o silêncio, resistimos a ele. Porque quando o silêncio se apodera de nós, os recantos desconhecidos da alma vêm à tona; O silêncio expõe nossas fraquezas. A primeira coisa que vemos é um desfile de preocupações, angústias, perplexidades, lutas interiores... É apenas um primeiro momento. O silêncio é uma grande rebelião contra a nossa própria desordem. Não precisamos ter medo. O silêncio é respirar livremente. Deus nos ajude a encontrar o silêncio...

Diego Tales 

Para além da vida: a honra que permanece

Gostaria de tomar como premissa a frase: "O que fazemos na vida ecoa pela eternidade", esse pensamento vem do filme Gladiator (Gladiador, 2000), dirigida por Ridley Scott. No filme, o personagem General Maximus Decimus Meridius (interpretado por Russell Crowe) diz algo semelhante antes de uma batalha: "What we do in life, echoes in eternity." Entre as grandes frases do cinema, poucas possuem tamanha nobreza. Embora proferida por um personagem fictício, encerra uma verdade incontestável. 

 O que é, afinal, ser um homem? 

 1. Viver com honra: Honrar o pai e a mãe(Ex 20,12; Ef 6,2)); honrar as autoridades (1Pd 2,13), tanto espirituais quanto civis; e honrar cada ser humano por seu valor intrínseco, pois todo homem e toda mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus. 

2. Cultivar a terra : Desde o princípio, o homem recebeu de Deus uma missão sagrada — trabalhar a terra, dominá-la e transformá-la  em um lar seguro onde possa criar filhos, fundar cidades e erguer civilizações. Assim, torna-se prolongamento visível da imagem divina que nele habita(Gn 1,28; 2,15).

3. Ser fiel: A promiscuidade e a infidelidade ferem a imagem perfeita de Deus, que é Cristo, o Esposo fiel de Sua única Noiva, a Igreja (Ef 5,25). 

4. Viver sacrificialmente: Ser homem é renunciar a viver para si mesmo. É viver para os pais, para a esposa e os filhos, para a comunidade, para a pátria e, sobretudo, para Cristo e Seu Reino eterno. Força, velocidade e razão não nos foram dadas para oprimir mulheres, crianças ou fracos, mas para protegê-los(Jo 15,13; Rm 15,1; Gl 2,20). 

E se assim vivermos, aqui e agora, nesta boa e Terra verde, ouso e não temo dizer que: mesmo que morramos no campo de batalha como homens anônimos, um rosto entre muitos, diante do Criador seremos conhecidos, e nosso nome estará inscrito para sempre. 

Homem: Viva com dignidade, com honra, com coragem e com piedade — e grande será a tua recompensa na eternidade.

Viver para Deus

Não vivas para a multidão

Não vivas para a fama

Não vivas pelo dinheiro

Não vivas para a popularidade

Não vivas para ti mesmo

Não vivas para os outros

Tu fracassas

Os outros traem

Tudo deixa de existir

Mas Deus é para sempre

Deus é imutável

Deus é fiel

Deus é tudo

Viva para Deus

E terás tudo

Diego Tales 

Porque o homem sem Deus é um absurdo.

A vida do homem na terra é um parêntese que se fecha em um momento que não está em suas mãos prever; Talvez por isso, todas as nossas forças devam ser direcionadas para saber Quem nos emprestou esta nossa vida.

Porque o homem sem Deus é um absurdo. Isso explica por que a pessoa humana tem uma tendência inalienável para o Absoluto.

Diego Tales